A humilhação de Jesus chegou ao extremo de haver se tornado um «escravo». Ninguém é inferior a um escravo. O escravo não tem vontade própria, não tem direitos, não tem qualquer proteção perante as leis do estado.
Serve de instrumento ao serviço de outros e é forçado a fazer as coisas mais árduas e degradantes. É essencialmente, um «trabalhador braçal», e não tem direito a descanso. Cristo não era realmente um escravo,mas assumiu a «forma» (aparência) de escravo, em comparação com sua glória anterior.
Em sua missão, ele «trabalhava» como instrumento alheio, cumprindo a vontade do Pai. E foi obediente; mostrou-se supremamente dedicado; foi produtivo.
É possível que o apóstolo tivesse em mente a passagem de Isa. 52:13,quando escreveu essas palavras. O escravo obterá sucesso e será exaltado. Acabará vencendo. Mas primeiramente teria de trabalhar e sofrer. « ...reconhecido em figura humana ...» « ...figura ...» é tradução do vocábulo grego «omoioma», que significa «cópia», «imagem», «aparência», «formato». Essa palavra pode significar também ou a «real duplicação» da natureza, ou a «semelhança» dessa natureza.
Como Paulo Usou Esses Termos?
1. Quando se utilizou das expressões «forma de Deus» e «semelhança de homens», Paulo não fez qualquer tentativa de descrever especificamente a natureza metafísica de Cristo. Não estava declarando, diretamente, que Cristo era Deus e homem, em sua essência.
2. Não obstante, ele deixa isso entendido em sua linguagem. Para que tivesse a «forma» de Deus, era necessário que primeiramente possuísse a «natureza» correspondente. Sua natureza divina se expressa de certa maneira visível e compreensível— a isso chamamos de «forma». E sua natureza humana se expressava de certa maneira visível. Daí dizermos «semelhança de homens». Todavia, ser-lhe-ia impossível ter a semelhança,sem ter também a essência da natureza humana.
3. Esse raciocínio deve ser verdadeiro, pois seria absurdo afirmar-se que Cristo não era nem Deus e nem homem, com base na teologia do N.T. .Naturalmente, os gnósticos afirmavam exatamente essa aberração ,reduzindo Cristo a um ser pertencente à ordem angelical. As expressões usadas no texto, poderiam, talvez, subentender essa idéia, pois as palavras são instrumentos plásticos e inexatos. Mas a teologia de Paulo contradiz tal noção. As expressões em foco, pois, enfatizam o «modo de manifestação»,embora não afirmem especificamente que Cristo fosse, ao mesmo tempo,Deus e homem. «A sujeição ‘de,Cristo’ à lei (ver Luc. 2:21 e Gál. 4:4), bem como a seus pais (ver Luc. 2:51); o seu estado aviltado como carpinteiro, como filho reputado do carpinteiro (ver M at. 13:55 e M arc. 6:3); o fato que foi traído a troco do preço de um escravo (ver Êxo. 21:32); sua morte similar à de um escravo, a fim de libertar-nos da servidão ao pecado e à morte; e,finalmente, sua dependência a Deus como um escravo, na qualidade de homem, não permitindo que sua divindade se manifestasse externamente (ver Isa. 49:3,7), tudo isso demonstra que ele assumira a ‘forma de um escravo'».
Por isso mesmo é dito nas Escrituras que o Filho do homem veio para servir a muitos (ver Mat. 20:28). E assim também, aquele discípulo do Senhor Jesus que quiser ser grande, que seja o servo de todos (ver Mat. 20:27)
Portanto à sombra de tudo isso,toda igreja deve ter por alvo o ser e não o ter. Nossa proposta não é de arrecadar e sim,de se doar ,não é crescer e sim, servir.
Deus escravo ! Deus servo ! Deus filho ! Deus Deus !
Deus nos ilumine mais ,amém !
Pr Sérgio Lopes
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