Um casal que já estava casado há cerca de dez anos estava em pé de guerra. As brigas eram frequentes, não havia mais tanto diálogo entre eles e nenhuma atitude de carinho podia ser vista já há muito tempo. Todos já davam como certo que a separação era questão de tempo.
O marido, após ter brigado novamente com a esposa, foi até à casa do pai para desabafar sobre toda essa situação que estava vivendo:
– Pai, não aguento mais essa mulher, tenho ódio dela. Se eu pudesse eu mataria ela, não suporto nem mais olhar para a cara dela.
O pai, percebendo exatamente o que se passava, faz uma proposta inusitada ao filho:
– Filho, eu posso te ajudar a matar essa mulher insuportável. E o melhor: ninguém vai descobrir!
– Tem certeza, pai. Como seria isso?
O pai, então, passa a dar a ele detalhes da parte do plano que caberia a ele:
– Você deve fazer tudo da forma que eu te falar, filho, senão não vai funcionar!
– Claro, pai, me passe os detalhes. Quero acabar com aquela insuportável!
– Primeiro, você terá que fazer as pazes com ela. Sei que isso será difícil para você, mas isso é para que ninguém desconfie quando ela morrer. Você não quer ir para a cadeia, quer?
– O que mais, pai, isso é fácil!
– Além de fazer as pazes, você precisar começar a tratá-la com gentileza, cuidar dela com carinho, ser paciente, escutá-la quando ela desejar conversar, levá-la para passear, ser romântico com ela…
– Nossa, pai, será que vou conseguir?
– Claro que vai, filho, é por uma boa causa. Em 30 dias ela estará morta e você em paz. Você só precisa pegar esse pozinho aqui e colocar uma pitada por dia na comida dela, sem ela perceber. Ela vai ficar doente aos poucos e vai morrer. E o melhor: ninguém vai perceber que você quem a matou! Você vai ficar livre desse fardo.
– Combinado, pai, me dá o pozinho aqui, vou começar hoje mesmo!
Passados os 30 dias para que o pozinho fizesse o efeito, o filho aparece aos prantos na casa do pai, em desespero. O pai abre a porta rapidamente.
– O que foi, filho, o que aconteceu?
– Pai, eu não quero que ela morra, mas dei o pozinho para ela vários dias, estava com muita raiva. Teve dias que coloquei até o dobro do que você mandou. Mas não quero mais que ela morra!
– Mas por que não quer que ela morra, filho? Esse não era o seu desejo?
– Depois que fiz tudo que você mandou algo mudou, pai. Eu passei a amá-la, a respeitá-la mais. Ela também passou a me tratar com muito carinho; e hoje, só de pensar que ela vai morrer me vem um grande desespero no coração. O que vou fazer, pai, me ajude, por favor!
– Calma, filho, ela não vai morrer.
– Como assim, pai, eu dei aquele pozinho vários dias para ela, ela vai morrer…
– Filho, aquele pozinho que lhe dei não passava de farinha, não fará nenhum mal a ela. Na realidade, desde o início eu queria que você aprendesse que o veneno não estava nesse pozinho que você pensou que iria matá-la, o veneno estava em você que foi matando a sua relação pouco a pouco, dia a dia, quando deixava de fazer coisas importantes para que seu casamento fosse saudável e feliz!
Graça em casa pra você !
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