terça-feira, 15 de maio de 2012

Obra-prima



 Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos (...), pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes e te preocupes? (Salmo 8:3 NVI)

Quando lemos a Bíblia percebemos o amor que Deus devota pelo homem esse ser finito e inquietante. Tres vezes o Antigo Testamento dirige a Deus a pergunta: Que é o ser humano?

O doutor Ralph Smith comenta dizendo que a pergunta em si reflete a percepçao de que Deus está atento ás pessoas, apesar de o homem ser apresentado como relativamente pequeno e insignificante em comparaçao com a vastidao do universo e com a soberania de Deus na natureza e na história. O doutor Smith prossegue dizendo que levantar a pergunta que é o homem? Significa exercer o Dom da reflexao sobre si mesmo.

Neste ponto o filósofo Juvenal Arduini em seu livro Antropologia ousar para reinventar a humanidade nos arremete a uma reflexao profunda e crítica do homem. Arduini no gingado das palavras diz que o ser humano é ambivalente.

Ele é conhecido e estranho, é próximo e distante, é transparente e opaco, canta e protesta, dança e agride, congrega e dispersa, circula pelas ruas, mas também recolhe-se na intimidade, ele é uma fonte de comunicaçao e também de incomunicaçao, ele é diálogo profundo e monólogo estéril.

O ser humano é fértil em criaçoes. Cria vida, saúde, pao, paz ciencia, tecnologia. Mas também é niilista. Incinera o mundo. Basta ver as guerras. O ser humano constrói maravilhas, mas também pode arrasá-las. Planta a semente e desintegra a germinaçao, tem necessidade de convivencia e solidariedade, mas também é anti-social.

A fronte do ser humano roça a face de Deus, mas seus passos escorregam na lama. O ser humano é paradoxo antropológico nao pode ser definido por conceitos matemáticos, pois ele é seqüencia de contraste é campo de joio e trigo, ele avança e recua, atrai e expulsa, ergue-se e recai, edifica e pulveriza, arrisca-se e amoita-se é mistura de bem e de mal.

No pensamento de Moisés o grande líder Israelita que confeccionou o salmo 90, o salmo mais antigo da Bíblia. O ser humano é definido como finito e de breve duraçao terrenal " sao breve como sono, seus anos passam, pois a vida é breve, sao como conto ligeiro, como a relva que brotam ao amanhecer; germina e brota pela manha, mas, á tarde, murcha e seca (NVI).

O doutor Bruce Milne tecendo comentários sobre a essencia da natureza humana mostra que na criaçao a humanidade foi investida por Deus de uma dignidade especial e que a Bíblia deixa claro que o homem é obra das maos de Deus e nao de um darwinismo excentrico. Louis Berkhof diz que de acordo com a Bíblia, o homem foi criado á imagem de Deus e portanto tem relaçao com Deus.

O grande reformador Joao Calvino diz que o homem jamais obtém um conhecimento claro de si mesmo a nao ser que tenha primeiro contemplado a face de Deus e depois desça para analisar a si mesmo.

O teólogo Aurélio Agostinho em seu célebre livro Confissoes diz que o ser humano nao tem paz verdadeira fora de Deus "Senhor Tu nos Criaste para Ti e nossos coraçoes nao descansarao até encontrar descanso em Ti".

O erudito reformado R. C. Sproul no início do seu livro A Alma em Busca de Deus atesta dizendo que tem um ponto profundo dentro de nossas almas que está faminto e essa fome antropológica só Deus o soberano pode saciar.

Nesta mesma linha o romancista russo Fiódor Dostoievski diz que o vazio do coraçao do homem tem o tamanho de Deus e só Deus pode suprir e Sorem Kiekigaard que influenciou profundamente o conceito humano afirmou que o homem só será eternamente feliz após encontrar-se com o seu criador, após recebe-lo como salvador e Deus após sua alma adentrar as sublimes regioes do céu.

O catecismo de Genebra burilado em 1541 afirma dizendo: Qual é o principal objetivo da vida humana? O principal objetivo é conhecer a Deus. A Bíblia diz que é dever de todo o homem Temer a Deus pois o homem é obra prima da criaçao de Deus.


Shalon!!! v v

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